sexta-feira, 16 de março de 2012

Hábitos alimentares: consumo de carne vermelha aumenta risco de morte prematura!


Por Katherine Harmon
 
Há anos o consumo exagerado de hambúrgueres, costeletas de porco ou outros tipos de carne vermelha está associado a doenças cardíacas, diabetes e alguns cânceres. Especialmente carne vermelha processada como bacon, salsicha ou mortadela, tem forte relação com doenças crônicas.

Um estudo recente sobre o assunto traz uma notícia ainda mais terrível para os carnívoros inveterados. Além de aumentar a propensão a doenças, a carne vermelha, processada ou não, pode realmente aumentar o risco de morte prematura em geral. A conclusão foi publicada on-line em 12 de março no Archives of Internal Medicine.

Pesquisadores liderados por An Pan, da Harvard School of Public Health, analisaram informações de saúde e de hábitos alimentares de mais de 121 mil homens e mulheres americanos que participaram de dois estudos de longo prazo sobre bem estar. Todos os pesquisados, no início dos estudos, estavam livres de doenças cardíacas e câncer.

No decorrer da longa observação de até 28 anos, mais de 13.900 pessoas faleceram, cerca de 9.460 de câncer e quase 6 mil de doença cardiovascular. Após ajustar outros fatores, descobriu-se que cada porção diária de carne aumentou o risco de morte prematura em cerca de 12%. O consumo de carne processada, em especial, aumentou essas chances ainda mais. Salsichas e bacon pareciam ser os mais suscetíveis a conduzirem a uma morte precoce.

Segundo estimativas, caso todos os participantes do estudo se limitassem a 42 gramas ou menos de carne vermelha por dia (cerca de meia porção padrão), mais de 9.860 mortes prematuras relacionadas à dieta poderiam ter sido evitadas.

Portanto, se deixamos de fora o cordeiro e presunto, além do bife nosso de cada dia, muitos se perguntarão se não estaríamos ingerindo proteína insuficiente a cada refeição. Não temam, asseguram muitos especialistas em saúde, existem outras maneiras mais seguras de ingerir proteínas. Peito de frango tem realmente mais gramas de proteína que um pedaço equivalente de carne vermelha – e o peixe não fica muito atrás. Cientistas descobriram também que o feijão, as nozes e castanhas, leite magro e grãos integrais são substituições saudáveis para uma porção de carne vermelha.

Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/habitos_alimentares.html

sexta-feira, 9 de março de 2012

Não deixe o mundo virtual afetar seus relacionamentos


Checar mensagens enquanto conversa com um amigo pode parecer descaso

Marina Vasconcellos
Psicóloga

Recentemente vivi uma situação que chamou a minha atenção: minhas filhas de 11 e 13 anos e o primo, de 16 anos, encontraram-se na casa dos avós no almoço de domingo. Os três com os respectivos celulares em mãos logo se uniram e foram trocar músicas e mostrar os novos jogos descobertos.

Animados, intercalavam checagens de novas mensagens que não paravam de chegar enquanto trocavam informações. Naquele momento, a diferença de idades não se fazia notar, pois todos estavam no mesmo nível tecnológico e falavam exatamente a "mesma língua".

Essa é uma das cenas mais comuns nos dias de hoje: as pessoas conectadas, checando mensagens, ouvindo músicas com fones de ouvido, mexendo em seus Ipads, Iphones, Itunes e tudo o mais que há por aí da mais alta tecnologia.

A constatação de que os adolescentes não sabem mais se relacionar sem esses aparelhinhos no meio me preocupou. Apenas bater papo ou jogar algum jogo de tabuleiro, como fazíamos antes, já não satisfaz mais. Tudo isso ficou "sem graça".

É uma grande ironia: as pessoas ali, ao vivo, não se relacionam, mas estão cheias de "amigos" na internet.
E aí eu e tantos outros pais que vivemos o mesmo dilema nos perguntamos: isso é saudável? Será que essa necessidade de estar conectado constantemente pode atropelar os relacionamentos pessoais? Qual é o limite que devemos colocar no uso desses equipamentos para que os filhos não fiquem absolutamente viciados nisso? Será, talvez, que devemos simplesmente nos conformar com a nova realidade e aceitar que pra eles isso satisfaz?

Vejo, frequentemente, outra cena que me preocupa: casais de namorados ou mesmo marido e mulher que, à mesa do restaurante ou em um barzinho com música ao vivo, não se falam. Ambos estão preocupados em checar suas mensagens no celular, as últimas postagens do Facebook ou bater papos ?virtuais? via MSN. É uma grande ironia: as pessoas ali, ao vivo, não se relacionam, mas estão cheias de "amigos" na internet. Para onde foi a qualidade dos vínculos interpessoais? O virtual vale mais que o presencial?

Temos que educar nossos filhos dando-lhes limites para que não se transformem em adultos viciados em relacionamentos "virtuais" e para que deem o devido valor ao contato humano. Como você se sente quando está contando algo para uma pessoa e ela fica o tempo todo checando mensagens, dizendo que está prestando atenção ao que você diz, mas olhando para o celular e teclando uma resposta? Não lhe parece descaso com a sua pessoa?

Pois é, infelizmente isso é cada vez mais comum. Devemos aceitar o avanço tecnológico, pois, quanto a isso, não há mais volta. Ao mesmo tempo, não podemos fechar os olhos ao que estamos fazendo com nossas relações.

Recebo casais no consultório que se queixam da escassez de diálogo em função do uso exagerado do computador por parte de um deles. A falta de limite colocado por aqueles que levam trabalho para casa e continuam conectados até tarde da noite com "coisas que não podem ser deixadas para amanhã" tem afetado diversas relações.

Pais que não têm mais tempo para os filhos, para a família, para o lazer e casais que não sabem mais o que é "namorar" vão pouco a pouco minando seus vínculos.

A internet chegou definitivamente para nos auxiliar, para abrir o mundo e nos conectar com coisas que nem imaginávamos ser possível, mas não permita que ela nos desconecte do que temos de mais valioso: nós mesmos e nossas relações verdadeiras.